Chronic caffeine use does not influence behavior and brain oxidative status in mice

O uso crônico de cafeína não influencia o comportamento e o status oxidativo em camundongos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47320/rasbran.2021.2014

Resumo

Amplamente consumida nos alimentos e como suplemento alimentar, a cafeína tem sido estudada devido aos seus efeitos farmacológicos, principalmente no sistema nervoso central (SNC). O presente estudo investigou se o uso crônico da cafeína pode influenciar o estado oxidativo do cérebro e a atividade comportamental de camundongos fêmeas C57BL/6. Para isso, quinze animais foram randomizados nos seguintes grupos: Controle (solução salina à 0,9%), Caf10 (10 mg / kg de cafeína) e Caf50 (50 mg / kg de cafeína). Os animais receberam uma dose diária de cafeína por via i.p. durante 120 dias. Vinte e quatro horas após a última administração, os animais foram submetidos a testes comportamentais e foram eutanasiados. O sangue foi utilizado para análises bioquímicas. No cérebro, foi avaliado o estado oxidativo e os níveis de microminerais. A cafeína não influenciou os parâmetros antropométricos, perfil lipídico e níveis de proteína Creativa. Ademais, as atividades de superóxido dismutase (SOD) e glutationa-Stransferase (GST) mantiveram o mesmo perfil de resposta. Em contrapartida, a atividade da catalase (CAT) diminuiu em ambos os grupos que receberam cafeína. Já os níveis de malondialdeído e proteína carbonilada não se alteraram entre os grupos, assim como a distribuição dos microminerais. Nenhuma dose de cafeína desencadeou comportamento do tipo ansioso nos animais. Portanto, considerando o tempo de administração da cafeína, acreditamos que houve a adaptação celular desencadeada pelo seu uso, tendendo a um efeito protetor no  cérebro. Além disso, o espaço amostral reduzido foi uma limitação para entendimentos mais acurados sobre os efeitos da cafeína no SNC.

Palavras-chave: Cafeína. Espécies reativas de oxigênio. Comportamento Animal.

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Biografia do Autor

Túlio Pereira Alvarenga e Castro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Acadêmico do curso em Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Coordenador do Conselho de Ligas Acadêmicas da Faculdade de Medicina (FAMED) da UFVJM ; Presidente da Liga Acadêmica de Saúde Mental e Psiquiatria (LAPSAM); Coordenador do departamento científico do Centro Acadêmico Livre prof. Juscelino Kubitschek (CALMED). Co-fundador e membro do Projeto Cais. É bolsista do CNPq com projetos na área de neurociência e comportamento animal. Realizou o curso de atualização "Introdução à Teoria Lacaniana" pela UFMG". Participa de pesquisas na área de Neurofisiologia e Cardiologia na FAMED/UFVJM. Ex-professor do curso de pré-vestibular comunitário da Rede EDUCAFRO.

Luiz Carlos Maia Ladeira, Universidade Federal de Viçosa

Nutricionista formado pela Universidade Federal de Viçosa (2014), Mestre em Biologia Celular e Estrutural - UFV (2017) e Doutorando em Biologia Celular e Estrutural pela mesma instituição. Foi membro discente da comissão coordenadora do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Estrutural da Universidade Federal de Viçosa de 2017 a 2019. Atualmente desenvolve pesquisa na área de biologia dos tecidos e fitoterápicos tendo foco nas modificações estruturais, fisiológicas e bioquímicas causadas pelo diabetes tipo 1 experimental, tratado com fitoterápicos.

Cynthia Fernandes Ferreira Santos, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado e Doutorado em Fisiologia e Farmacologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora Associada de Fisiologia Humana e Farmacologia Básica na Faculdade de Medicina do Campus JK, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Tem experiência na área de Fisiologia/ Fisiopatologia/ Farmacologia Cardiovascular, atuando principalmente nos seguintes temas:l fisiopatologia e farmacologia cardiovascular. 

Franciele Ângelo de Deus, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Participou do Grupo de Estudo em Diabetes (GED) colaborando com o projeto de extensão "Em Sintonia com o Diabetes: utilização do rádio e outras mídias digitais na educação em diabetes no Vale do Jequitinhonha". Possui experiência em experimentação animal e laboratorial em biologia celular, fisiologia e farmacologia. Exerceu atividade de bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq em projeto de pesquisa intitulado "Análise do perfil lipídico e status oxidativo de células cardíacas de animais experimentais tratados com dieta hiperlipídica e suplementados com cafeína pura". Atualmente é fisioterapeuta no Centro de Estética Corporal Estúdio Equilíbrio LTDA na cidade de Diamantina trabalhando com o método Pilates.

Arthur Rocha Gomes, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Bacharel em Farmácia (2014) e Mestre em Ciências Farmacêuticas (2016) pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Foi professor substituto por dois anos na UFVJM, atuando nas disciplinas de Nutrição Experimental, Metodologia da Pesquisa e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Atualmente é aluno de doutorado no Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas da UFVJM (2017-2021). Possui experiência nas áreas de nutrição experimental, farmacologia, neuroinflamação e comportamento, com ênfase nas interações entre nutrição, neurotransmissores e comportamento; alteração na sensibilidade a drogas do sistema nervoso central por dietas obesogênicas; neuroinflamação e comportamento.

Daniel Silva Sena Bastos, Universidade Federal de Viçosa

Graduado em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de Viçosa (2014); Mestre (2016) e Doutor (2020) pelo programa de Biologia Celular e Estrutural da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Biologia Celular, Imunologia e Parasitologia, com enfase em Quimioterapia para Doença de Chagas, Diagnostico e Vacina para Leishmaniose, Estresse Oxidativo e Toxicologia Reprodutiva.

Ana Cláudia Ferreira Souza, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Fundação Educacional de Divinópolis - Universidade do Estado de Minas Gerais, mestrado em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Federal de Viçosa e doutorado em Biologia Celular e Estrutural também pela Universidade Federal de Viçosa com período sanduíche na University of Virginia (Department of Cell Biology). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de morfologia e biologia molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: histofisiologia de órgãos e tecidos, biologia da reprodução, toxicologia reprodutiva e hepática. 

Eliziária Cardoso dos Santos, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Mestre e Doutora em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é Docente adjunta da Faculdade de Medicina (FAMED), campus JK da UFVJM, docente do Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional e Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal ambos da UFVJM. Membro do grupo de pesquisa Patologia e Parasitologia Clínica e Experimental da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) credenciado pelo CNPq. Possui experiência nas áreas Morfofuncional atuando principalmente nos seguintes temas: patologia, protozoologia parasitária humana e terapêutica experimental, morfofisiologia de órgãos e tecidos e toxicologia experimental. Graduanda do curso de Direito na Universidade do Estado de Minas.

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Publicado

2021-07-27

Como Citar

Pereira Alvarenga e Castro, T., Carlos Maia Ladeira, L., Fernandes Ferreira Santos, C., Ângelo de Deus, F., Rocha Gomes, A., Silva Sena Bastos, D., Cláudia Ferreira Souza, A., & Cardoso dos Santos, E. . (2021). Chronic caffeine use does not influence behavior and brain oxidative status in mice: O uso crônico de cafeína não influencia o comportamento e o status oxidativo em camundongos . Revista Da Associação Brasileira De Nutrição - RASBRAN, 12(2), 146–166. https://doi.org/10.47320/rasbran.2021.2014

Edição

Seção

Artigos Originais