Avaliação do estado nutricional e qualidade de vida de mulheres idosas institucionalizadas de Caxias do Sul – RS

Autores

  • Joana Zanotti Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
  • Paula Giazzon Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
  • Maria Celeste Osório Wender Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Idoso. Estado Nutricional. Qualidade de vida.

Resumo

Objetivo: Descrever o estado nutricional (EN) e a qualidade de vida de mulheres idosas institucionalizadas da cidade de Caxias do Sul, RS. Métodos: Estudo epidemiológico observacional do tipo transversal, realizado em Instituições de Longa Permanência para Idosos, através do método de conveniência para a seleção da amostra. Para avaliação do EN foi investigado o Índice de Massa Corporal (IMC), Perímetro da Panturrilha (PP), Perímetro da Cintura (PC), Perímetro do Quadril e Relação Cintura-Quadril. Para investigação da qualidade de vida (QV) foi aplicado o questionário Short Form Health Survey-36 (SF-36). Resultados: Foram entrevistadas 116 mulheres idosas institucionalizadas, residentes em 36 Instituições públicas e privadas da cidade. A média de idade foi de 80,73 anos, 44,8% (n=52) apresentaram excesso de peso (IMC ≥ 27,0kg/m2), 77,6% (n=90) boa reserva muscular (PP ≥ 31,0cm) e 58,6% (n=25) excesso de adiposidade central (PC ≥ 80,0cm). Quanto a QV, os piores domínios encontrados foram limitações por aspectos físicos emocionais. Conclusão: Conclui-se que o excesso de peso com potencial aumento de risco cardiovascular é prevalente entre as idosas investigadas. Em relação à qualidade de vida, as limitações por aspectos físicos e por aspectos emocionais caracterizaram piores condições de saúde nestes domínios. Já os domínios aspectos sociais, saúde mental, vitalidade e dor caracterizaram melhores condições de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joana Zanotti, Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Nutricionista, mestra em Ciências Médicas, Docente do curso de nutrição da FSG.

Paula Giazzon, Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)

Graduanda do Curso de Nutrição, FSG

Maria Celeste Osório Wender, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Docente e Coordenadora do Grupo de Pesquisa Climatério e Menopausa e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetrícia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Referências

World Health Organization (WHO). Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.

Küchemann BA. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos desafios. Sociedade e Estado, v. 27, n. 1, p. 165-180, 2012.

Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Revista de Saúde Pública, v. 43, p. 548-554, 2009.

Pisciottano MVC, Pinto SS, Szejnfeld VL., Castro CHM. The relationship between lean mass, muscle strength and physical ability in independent healthy elderly women from the community. The Journal of Nutrition, Health & Aging. Vol. 18. Num. 5. 2014. p. 554-558.

Karsch UM. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad Saúde Pública 2003; 19 (3): 861-66.

Rodrigues SC, Abourihan CLS, Yamane R. Qualidade de vida e o estado nutricional em homens idosos institucionalizados. Cadernos da Escola de Saúde, v. 1, n. 3, 2017.

Araújo MO, Ceolim MF. Avaliação do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa permanência. Rev Esc Enferm USP 2007;41(3):378-85.

Fazzio DMG. Envelhecimento e qualidade de vida – uma abordagem nutricional e alimentar. Revisa. 2012; 1(1): 76-88 – Jan/Jun 2012 ISSN: 2179-0981.

Garcia ANM, Romani SAM, Lira PIC. Indicadores antropométricos na avaliação nutricional de idosos: um estudo comparativo. Rev. Nutr., Campinas, 20(4):371-378, jul./ago., 2007.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN /Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly.Vol. 21, n.1, 1994.

Guigoz Y, Vellas B, Garry PJ. Mini Nutritional Assessment (MNA): Research and Practice in the elderly. Nestle nutrition workshop series. Clinical & programme 1999; v1.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: 2000.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol 1999; 39:143-150.

Ware JE Jr, Kosinski M, Gandek B. SF-36 Health Survey: Manual & Interpretation Guide. Lincoln, RI: QualityMetric Incorporated, 2003.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de janeiro. [internet] 2011 [acesso em 09 mar 2017]. Disponível: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf.

Freitas MAV, Scheicher ME. Qualidade de vida de idosos institucionalizados. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2010; 13(3):395-401.

Santos VR, Christofaro DGD, Gomes IC, Agostinete RR, Júnior Freitas IF, Gobbo LA. Factors associated with sarcopenia in subjects aged 80 years and over. Rev. Nutr., Campinas, 28(3):319-326, maio/jun., 2015.

Lopes JB, Fung LK, Cha CC, Gabriel GM, Takayama L, Figueiredo CP, Pereira RMR. The impact of asymptomatic vertebral fractures on quality of life in older community-dwelling women: the São Paulo Ageing & Health Study. CLINICS 2012;67(12):1401-1406.

Pereira IFS, Spyrides MHS, Andrade LMB. Estado nutricional de idosos no Brasil: uma bordagem multinível. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32(5):e00178814, mai, 2016.

Nascimento MM, Maia NJS, Ramos LS, Coriolano HJA. Agreement between instruments for assessment of body balance in active elderly individuals. J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017.

Souza MCM, Nóbrega SS, Tomiya MTO, Arruda IKG, Diniz AS, Lemos MCC. Adiposidade central em idosas de uma unidade geronto-geriátrica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2016; 19(5):787-796.

Mello APA, Belo LADO, Pontes AEB, Pagotto V, Nakatani AYK, Martins KA. Estudo de base populacional sobre excesso de peso e diabetes mellitus em idosos na região metropolitana de Goiânia, Goiás. Geriatrics, Gerontology and Aging, v. 10, n. 3, p. 151-157, 2016.

Ramos LR, Perracini M, Rpsa TE, Kalache A. Significance and management of disability among urban elderly residents in Brazil. J Cross-Cult Gerontol 1993;8:313-23.

Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças crônicodegenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília: OMS; 2003.

Soar C. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em idosos não institucionalizados. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2015; 18(2):385-395.

Cabral NAL, Ribeiro VS, França AKTC, Salgado JVL, Santos AM, Filho NS, Silva AAM. Cintura hipertrigliceridêmica e risco cardiometabólico em mulheres hipertensas. Rev Assoc Med Bras 2012; 58(5):568-573.

Scherer R, Scherer F, Conde SR, Bosco SMD. Estado nutricional e prevalência de doenças crônicas em idosos de um município do interior do Rio Grande do Sul. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2013; 16(4):769-779.

Scafoglieri A, Provyn S, Bautmans I, Van Roy P, Clarys JP. Direct relationship of body mass index and waist circumference with body tissue distribution in elderly persons. J Nutr Health Aging 2011; 15:924-31.

Kanehisa H, Miyatani M, Azuma K, Kuno S, Fukunaga T. Influences of age and sex on abdominal muscle and subcutaneous fat thickness. Eur J Appl Physiol 2004; 91:534-7.

Silveira EA, Vieira LL, Souza JD. Elevada prevalência de obesidade abdominal em idosos e associação com diabetes, hipertensão e doenças respiratórias. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 903-912, 2018.

Canoy D, Cairns BJ, Balkwill A, Wright FL, Green J, Reeves G, Beral V; Million Women Study Collaborators. Coronary heart disease incidence in women by waist circumference within categories of body mass index. Eur J Prev Cardiol 2013; 20(5):759-762.

Rauen MS, Moreira EAM, Calvo MCM, Lobo AS. Avaliação do estado nutricional de idosos institucionalizados. Rev. Nutrição 2008; 21(3):303-310.

Moreira AJ, Nicastro H, Cordeiro RC, Coimbra P, Frangella VS. Composição corporal de idosos segundo a antropometria. Rev. Bras. Geriatr. Geronton; 2009; 12(2):201-213.

Lima MFS, Cabral NLA, Oliveira LP, Liberalino LCP, Spyrides MHC, Lima KC, Lyra CO. Estimativa de peso em idosos institucionalizados: qual equação utilizar? Rev. Bras. EPIDEMIOL Jan-Mar 2016; 19(1): 135-148.

Farzianpour F, Foroushani AR, Badakhshan A, Gholipour M, Hosseini M. Evaluation of Quality of Life and Safety of Seniors in Golestan Province, Iran. Gerontology & Geriatric Medicine January-December 2015:1–8.

Farzianpour F, Foroushani AR, Badakhshan A, Gholipour M, Roknabadi H. Quality of Life for Elderly Residents in Nursing Homes. Global Journal of Health Science; Vol. 8, No. 4; 2016.

Downloads

Publicado

2019-09-05

Como Citar

Zanotti, J., Giazzon, P., & Wender, M. C. O. (2019). Avaliação do estado nutricional e qualidade de vida de mulheres idosas institucionalizadas de Caxias do Sul – RS. Revista Da Associação Brasileira De Nutrição - RASBRAN, 10(1), 39–45. Recuperado de https://rasbran.com.br/rasbran/article/view/882

Edição

Seção

Artigos Originais